Em época de eleição, oportunidade para construir pautas a partir de dados é o que não falta. Nos últimos anos, o crescente interesse por análises que incluam minorias sociais abriu espaço para coberturas que explorem ângulos diferentes e tragam mais protagonismo a grupos invisibilizados, nos dados e na sociedade. O incentivo a produções dessas novas narrativas é o ponto de partida deste workshop, ministrado pela analista de dados Flávia Bozza e pela designer Marília Ferrari, ambas da Gênero e Número.
Para a atividade, mostramos os bastidores do trabalho feito pela organização a partir de um exemplo real. Na primeira parte da oficina, Bozza explica conceitos básicos de estatística, como variáveis quantitativas e qualitativas, fundamentais para quem está começando na análise de dados.
Em seguida, mostramos os caminhos para chegar ao universo de informações presentes no repositório de dados eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principal fonte para análises de eleições. Para esta atividade, trabalharemos especificamente com dados de candidaturas a prefeituras nas eleições de 2020, disponíveis na base de dados do workshop, previamente tratada no Google Sheets.
Depois de fazer o download da base de dados, Bozza explica como utilizar a ferramenta tabela dinâmica para sumarizar variáveis e traçar recortes de raça e gênero. Quando encontra as respostas que precisa, o resultado é encaminhado paralelamente para a equipe de reportagem e de design.
A partir disso, Ferrari compartilha os processos para criar narrativas visuais a partir da análise de dados. Segundo ela, quando tratamos de pautas sobre minorias, é importante saber destacar as informações mais importantes e, sobretudo, os contrastes sociais que, inevitavelmente, refletem-se nos dados. A atividade também apresenta ferramentas usadas pela Gênero e Número para visualizações, como Flourish e DataWrapper.