Texto por Yasmin Fonseca
Revisado pela Escola de Dados
“Nós somos território, nós somos caminhadas geográficas” é o que defende Tatiana Pará, professora do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Pará – IFPA e fundadora do projeto Meninas da Geotecnologia. Segundo a instrutora, a nossa relação com os locais onde passamos e estamos é mais significativa do que podemos imaginar. Ao contarmos uma história, o “onde” é sempre um fator de relevância porque ele nos mostra nossa relação, os significados e os sentidos que empregamos aos espaços.

O workshop “Contando histórias com mapas e dados locais com StoryMaps” buscou contextualizar a afirmação inicial ao contexto amazônico, com o objetivo de contar histórias e narrativas individuais por meio de mapas e se comunicar utilizando dados de georreferenciamento.
Além de ensinar como utilizar a ferramenta StoryMaps, o objetivo do workshop também se figurou como uma oportunidade de “mostrar uma Amazônia diferente da mostrada nos jornais e nos satélites”, como disse Tatiana, e construir novas visões dos territórios amazônicos por meio das experiências de seus residentes.
O StoryMaps, ferramenta foco do workshop, permite criar histórias digitais interativas usando mapas como forma de visualização central, a partir de dados de georreferenciamento. Além disso, por meio dele, é possível criar mapas interativos com textos, imagens, vídeos e afins, e construir um roteiro visual capaz de guiar outros leitores pela narrativa por meio dos recursos de integração de dados externos, como informações de GPS e estatísticas geográficas.
A ferramenta StoryMaps é gratuita, mas também oferece planos pagos com recursos adicionais, de fácil acessibilidade e com aplicações para diversos fins, como o jornalismo, a educação, o turismo e a divulgação de informações geográficas.

De forma prática, os participantes do workshop trouxeram suas experiências vividas em diferentes áreas do espaço amazônico e criaram narrativas enriquecidas com imagens, vídeos e, principalmente, com mapas e coordenadas cartográficas. Ao final da atividade, os mapas foram publicados e as histórias foram compartilhadas, fortalecendo a importância do contato e do uso de ferramentas de dados dentro da diversidade das vivências das comunidades nos e dos territórios amazônicos.